Como registrar um imóvel no cartório?

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Por Couto & Sasso Advocacia

Adquirir um imóvel é uma conquista importante, mas o processo não termina com a assinatura do contrato. Como registrar um imóvel no cartório é uma das dúvidas mais frequentes de quem deseja garantir a segurança jurídica da sua nova propriedade. Afinal, sem esse passo, o imóvel ainda não está legalmente em seu nome.

Você sabia que um imóvel só passa a ser realmente seu depois de registrado no cartório? Mesmo com a escritura assinada, o registro no Cartório de Registro de Imóveis (CRI) é o que oficializa a transferência de propriedade. A ausência desse procedimento pode gerar problemas sérios, como disputas judiciais e perda de direitos.

Portanto, se você acabou de comprar, financiar ou herdar um imóvel, entender como registrar um imóvel no cartório é essencial para proteger seu patrimônio. Descubra agora todos os detalhes desse processo indispensável!

O que significa RGI e por que ele é tão importante?

RGI é a sigla para Registro Geral de Imóveis, o documento que comprova, de forma definitiva, quem é o proprietário legal de um imóvel. Ele é emitido pelo Cartório de Registro de Imóveis e traz todo o histórico da propriedade, incluindo informações sobre penhoras, hipotecas e ações judiciais.

Assim como o documento do carro garante quem é o dono do veículo, o RGI confirma legalmente quem detém a titularidade do imóvel. Sem ele, qualquer negociação fica vulnerável e sem validade jurídica plena.

Quais documentos são necessários para registrar um imóvel?

Para efetivar o registro, o cartório exige uma série de documentos obrigatórios. Cada um cumpre uma função específica no processo de legalização da propriedade:

  • Escritura do imóvel: oficializa a transferência da titularidade.
  • Certidões negativas: comprovam ausência de dívidas e pendências judiciais.
  • Comprovante de quitação de impostos: atestam o pagamento de tributos como IPTU, ITR e Imposto de Renda.
  • Documentos de identidade: RG e CPF dos envolvidos garantem a legitimidade do ato.

Portanto, reúna todos os documentos com antecedência e verifique os requisitos do cartório da sua região, pois eles podem variar conforme o município.

Como funciona o registro de imóvel comprado à vista?

A princípio, quem compra à vista pode registrar o imóvel de forma mais rápida. Após a assinatura da escritura em um cartório de notas, o comprador já pode se dirigir ao Cartório de Registro de Imóveis para solicitar o RGI.

Com a documentação em ordem, o registro é finalizado em poucos dias, garantindo a titularidade sem a necessidade de trâmites bancários ou aprovações financeiras.

O que muda no registro de imóvel financiado?

Em compras com financiamento, o contrato assinado com o banco substitui a escritura tradicional. Esse contrato, após registrado, serve como prova legal da propriedade e dos direitos do comprador e da instituição financeira.

Portanto, nesse caso, basta encaminhar o contrato ao cartório, que formaliza o registro e insere as cláusulas de garantia sobre o imóvel.

Qual a diferença entre matrícula, escritura e RGI?

Embora muitos confundam esses termos, cada um tem sua função:

  • Matrícula do imóvel: é o “número de identidade” da propriedade, com um histórico completo desde sua criação.
  • Escritura: é o contrato que formaliza a transferência entre as partes.
  • RGI: é o ato de registrar, no cartório, a mudança de titularidade, oficializando o novo dono.

Aliás, sem o RGI, a escritura tem valor limitado, já que não há prova pública da propriedade.

Quanto custa para registrar um imóvel no cartório?

Atualmente, o valor do registro depende de diversos fatores:

  • Valor venal do imóvel: a taxa gira entre 0,8% e 1,2% do valor do imóvel.
  • Estado e cartório: as tabelas de custos variam conforme a localidade.
  • Serviços extras: certidões, cópias e outras solicitações influenciam no valor final.
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Logo, é essencial consultar a tabela do cartório onde o registro será feito para ter uma estimativa precisa. Inclusive, imóveis residenciais com valor até R$ 1,5 milhão podem ter descontos de até 50% na taxa de registro, dependendo da legislação estadual.

Como garantir um registro seguro e sem contratempos?

Com efeito, preparar a documentação com antecedência é a melhor forma de evitar atrasos e complicações. Verifique a validade de cada certidão, mantenha todos os dados atualizados e confirme os custos envolvidos.

Bem como conte com orientação profissional para conferir a legalidade dos documentos e garantir um processo ágil. Com isso, você evita problemas futuros e assegura a tranquilidade de ser o legítimo proprietário.

Conclusão

Registrar um imóvel no cartório é mais do que uma formalidade: é a etapa que consolida seu direito de propriedade perante a lei. O RGI garante segurança jurídica, protege contra fraudes e legitima sua aquisição. Portanto, siga cada etapa com atenção, reúna os documentos certos e consulte sempre o cartório responsável.

Você sabia que contratos assinados digitalmente também podem ser contestados judicialmente? Em casos de fraude ou vício de consentimento, é possível anular um contrato com assinatura eletrônica e garantir seus direitos.

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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Couto & Sasso Advocacia